Por: Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) - 03 de Setembro de 2013 - 11h26
Após casos sequenciais de mortes violentas de moradores inocentes e também de acusações de repressão às comunidades, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) decidiu que chegou a hora dos policiais militares que atuam no Nordeste de Amaralina passarem por atendimento psicológico. Os patrulheiros da região estão envolvidos em alguns dos casos polêmicos relativos à corporação nos últimos tempos e, agora, serão atendidos por psicólogos.
Segundo o comando da PM, os oficias que atuam exclusivamente na 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM)/Nordeste de Amaralina serão encaminhados ao Centro Social Urbano (CSU) da Pituba, próximo da Apae para uma orientação psicológica. A entidade alega que o processo consistirá de palestras sobre a saúde mental, saúde do homem prestação de serviços de avaliação psicológica, biométrica, médica (diabetes, hipertensão arterial, etc), fonoaudiológica, além de atendimento social e jurídico.
O objetivo da orientação será, literalmente, “segurar a onda” dos PMs da região. Nos últimos anos, acumulam-se atuações desastrosas no Nordeste, incluindo a morte do garoto Joel da Conceição com um tiro na cabeça em uma ação de busca a criminosos em novembro de 2010. Em junho deste ano foi a vez do recepcionista Carlos Alberto Conceição Júnior, que morreu pelas mãos dos policiais enquanto esperava um amigo para ir à praia em dia de folga do trabalho. Coincidentemente, os dois mortos eram primos.
Já no mês passado, a PM foi acusada pela comunidade de impedir a exibição do documentário feito para relatar a morte de Joel no Nordeste. Moradores alegam que, quando a película iria ao ar durante uma mostra, PMs chegaram e proibiram o filme de ir ao ar alegando que ele colocaria os moradores contra a corporação. O comando anunciou que investigaria o fato.