Termina, sem resultados, reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria

Termina, sem resultados, reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria

Parlamento britânico também rejeitou proposta de David Cameron para uma resposta militar

 

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que têm direito de veto, se reuniram nesta quinta-feira (29) para abordar a crise provocada pelo uso de armas químicas na Síria. Mas a reunião acabou sem resultados, informaram fontes diplomáticas.

Os embaixadores dos cinco países (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) debateram pela segunda vez, durante 45 minutos, a iniciativa britânica que deve autorizar "todas as medidas necessárias em virtude do capítulo 7º da Carta da ONU para proteger os civis das armas químicas" na Síria.

Na breve reunião, os membros voltaram a ter discordar de posições sobre as medidas a tomar perante a situação síria, acrescentaram as fontes.

Nenhum diplomata concedeu entrevistas à imprensa ao término do encontro.

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O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall, havia anunciado anteriormente que a Rússia, principal aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad, tinha convocado a reunião.

"Espero que isto signifique que [os russos] estão dispostos agora a apoiar o projeto de resolução", disse o diplomata à imprensa antes do encontro.

Moscou e Pequim rejeitaram vários projetos de sanções contra Damasco no passado.

O regime de Bashar al-Assad é acusado de ter usado armas químicas, em um ataque que deixou centenas civis mortos nas imediações de Damasco.

Também nesta quinta-feira, o Parlamento britânico rejeitou surpreendentemente uma proposta do governo de David Cameron que abria as portas para uma resposta militar contra o regime sírio por ter supostamente recorrido a armas químicas.

"Está claro que o Parlamento britânico não quer uma ação militar britânica", disse Cameron após a votação. "E o governo atuará em consequência disse", acrescentou.

A moção do governo foi rejeitada por 285 deputados e aprovada por 272. A rejeição não veio apenas da oposição, mas também da própria coalizão governamental conservadora-liberal, que conta com 359 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns.