Zezéu Ribeiro e Juthay Magalhães Jr. discordam sobre o “Mais Médicos”

Zezéu Ribeiro e Juthay Magalhães Jr. discordam sobre o “Mais Médicos”

O Varela Notícias entrevistou os dois deputados federais baianos

Por Leandro Castro

O programa federal “Mais Médicos” vem causando discussões no Brasil sobre sua legalidade e se é solução para o problema da saúde pública no país. A iniciativa foi assinada pela presidente Dilma Rousseff, por meio de uma medida provisória, e regulamentada por uma portaria conjunta dos Ministérios da Saúde e da Educação. O Varela Notícias ouviu a opinião dos deputados federais, Zezéu Ribeiro (PT) e Juthay Magalhães Júnior (PSDB), que tem posições diferentes a repeito da decisão federal.

Foto Reprodução

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“O programa “Mais Médicos” vem em boa hora, haja vista a falta de profissionais de saúde, principalmente médicos, nas diversas cidades brasileiras, com maior ênfase para as cidades do interior do País. Existem regiões onde muita gente nunca consultou um médico”, disse Zezéu. Para o parlamentar o programa é um passo para melhorar a saúde no país, como o primeiro atendimento na saúde básica.

O deputado acha que não há médicos suficientes no Brasil e que muitos não querem ir para o interior. “Com a vinda desses profissionais (estrangeiros) também se traz à luz o debate sobre a formação dos médicos brasileiros”, afirma Zezéu. Sobre os cubanos, ele informa que o currículo de medicina em Cuba não difere muito do currículo brasileiro. Já a respeito dos salários: “Os médicos são remunerados na mesma lógica de outros profissionais do país”, finalizou.

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“A vinda dos médicos cubanos, da maneira que está acontecendo, é uma vergonha para o Brasil”, diz Juthay. O deputado não aceita que esses profissionais tenham os passaportes retidos, não possam ver a família e nem pedir asilo político para o Brasil. “Uma parcela grande de seus salários ficam com governo de Cuba”, comentou sobre os médicos cubanos receberem menos que os profissionais brasileiros e de outros países.

Juthay Magalhães acredita que a vinda de profissionais estrangeiros tem que seguir regras vigentes: “Eles precisam fazer o revalida”. O Conselho Federal de Medicina considera ilegal a vinda dos médicos de outros países, para eles, as leis precisam ser seguidas.

“A gente tem que criar um mecanismo para que 50% dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam custeados pela União”, afirma Juthay. O parlamentar diz, ainda, que: “Em 2002, 54% das despesas vinham do governo federal, agora eles pagam 44%”. Ele completou que o Brasil necessita de melhores equipamentos, mais pessoal de diversas áreas da saúde e boa estrutura nos hospitais.